A Vastidão da Noite e os anos 50' | Resenha



Espero mesmo que vocês tenham perdido bastante tempo olhando meu blogue lindo. É a quarta vez que faço uma faxina por aqui e, sinceramente, tô muito orgulhosa do resultado. Mudei muita coisa, eu mudei também, e agora é pra valer. (?) Não que eu vá voltar a escrever TANTO quanto antes, mas os novos posts aparecerão todas as segundas. Pra alegrar sua semana com notícias, indicações de filmes e livros... Só coisa boa pra afastar esse micróbio fdp. 

Bora de resenha? Bora!

Já sabe, tem versão sem spoilers no Cinema Atemporal!


Nível de Spoilers: Baixo.


trailer the vast of night



O ano é 1958. Fay e Everett escutam um sinal peculiar naquela noite. O que parecia ser apenas uma interferência telefônica passa a revelar alguns segredos que se escondem em Cayuga, nos Estados Unidos.

Data de lançamento: 26 de janeiro de 2019 
Direção: Andrew Patterson
Cinematografia: Miguel Ioann Littin Menz
Música composta por: Jared Bulmer, Erick Alexander
Roteiro: Craig W. Sanger, James Montagues



Vastidão da Noite se passa nos estados unidos de 1958, ano da guerra fria, ano de um país segregador e machista. (Não que isso tenha mudado nos tempos atuais, né?) O cenário é uma pequena cidade chamada Cayuga, durante a noite do jogo de basquete. Everett é o primeiro personagem que conhecemos. Carismático, aparentemente popular e influente entre os outros alunos da escola. Em poucos momentos o vemos contracenar com a outra personagem principal: Fay. Ela é quem nos guia entre as dúvidas sobre o que eram os anos 50, e o que era de mais tecnológico naquele tempo.

E depois de alguns minutos somos imersos na pequena cidade, entre suas ruas iluminadas e vazias (por causa do jogo daquela noite). Fay é telefonista e é uma entusiasta do rádio. Completamente encantada com seu novo gravador, ansiosa para ser como Everett nas noites em que ele comanda a rádio local de Cayuga.

E é durante o trabalho de Fay, passando telefonemas para outros aparelhos, que o suspense se inicia. Fay escuta uma frequência incomum e comunica a suas colegas de trabalho. Não sabendo como reagir àquilo - não sabendo se é algo a se preocupar - Fay comunica a Everett sobre o barulho estranho. 

Desse ponto em diante o filme se desenrola numa ficção cientifica sensacional. Fazia tempo que eu não experimentava algo tão precioso. O filme brinca o tempo todo com o audiovisual. Nos deixando apenas com a voz de alguns personagens, com imagens em preto em branco intercalando com as imagens coloridas. É uma brincadeira de experimentar os anos 50 tecnológico.

O filme é simples, o roteiro é realizado de forma a nos deixar sem muitas respostas. Tudo acontece em algumas horas durante o jogo de basquete, e termina com algumas dúvidas. Não sabemos o fim dos personagens, o que dá margem pra muitas interpretações.

Uma personagem que me chamou muita atenção foi a Mabel Blanche. Mãe solteira nos anos ciquenta. Num país segregador e machista. A história dessa personagem permeia muito mais do que mistério, me deu uma sensação de abandono.
Há também o soldado Billy, que nos revela algumas particularidades do exército, e que nada pôde dizer ou fazer pois é negro. É de arrepiar a parte desse cara.

No mais Andrew Patterson tá de parabéns, parece eu e meus colegas de faculdade fazendo tudo o que pode com o mínimo de grana possível, mas entregando arte de verdade. É um dos melhores filmes desse ano, sem dúvidas!

Se quiserem acompanhar, ele está na Amazon Prime Vídeo. Recomendo fortemente que deem um tempo também para ouvir esse podcast que o PH Santos fez, claro que depois de ver o filme:


O filme possui 92% de aprovação no Rotten Tomatoes, vale a pena bixo, corre lá.




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